Podemos perceber através de análise dos pontos identificados que fazem referência a Jorge Amado (em ícones vermelhos) e a Diógenes Rebouças (em ícones azuis) pouco fazem convergência cartográfica.
Enquanto os marcos referentes a Jorge Amado se concentram na Cidade Baixa e Pelourinho, Diógenes Rebouças apresenta a concentração maior de marcos (referências) entre o Campo Grande, Canela e Graça.
Os dois personagens apresentam pontos cartográficos próximos na Pituba. Porém não é a região onde se aglomera maior quantidade de pontos.
Salvador de Amado e Rebouças
terça-feira, 5 de junho de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
Diógenes e o IAB
"O Departamento da Bahia do Instituto de Arquitetos do Brasil, IAB-BA foi fundado em 30 de Abril de 1954, reunindo 13 arquitetos professores e 18 arquitetos recém formados, pela antiga Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, que funcionava no palacete Jonathas Abbot, localizado à Rua do Tijolo (hoje Rua 28 de Setembro) e que serve hoje como sede da Secretaria Municipal de Serviços Públicos.
Foi seu primeiro presidente o arquiteto Diógenes Rebouças, um dos mais importantes arquitetos, urbanista e pintor baiano e um dos autores do Plano Urbanístico de Salvador, conhecido como Plano EPUCS, que introduziu as avenidas de vale na cidade do Salvador. Naquela época o curso de Arquitetura coexistia em harmonia com os cursos de Belas Artes: Pintura, Escultura e Gravura. Em 1959, com a contratação de novos professores, dentre eles a arquiteta Lina Bo Bardi, e o intenso movimento cultural desenvolvido no âmbito da UFBa, o curso de arquitetura da Escola de Belas Artes se emancipa formando a Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia."
domingo, 20 de maio de 2012
Salvador, segundo J. Amado
Em 1944, Jorge Amado lançou “Bahia de Todos os Santos”, uma obra em que rende homenagens à capital baiana ao descrever com detalhes cada uma de suas grandes atrações. Como diz o próprio escritor, trata-se de “um guia das ruas e dos mistérios da cidade do Salvador”. Eis alguns pontos:
LARGO DA SÉ – “A Rua da Misericórdia desemboca no Largo da Sé. No outro extremo do Largo começa o Terreiro de Jesus, com suas igrejas e com a Faculdade de Medicina (no mesmo lugar onde ficava o Colégio dos Jesuítas nos tempos coloniais). No largo da Sé misturam-se sobrados antigos com edifícios novos. Lá se encontram o prédio da Circular, o Cinema Excelsior e o Palácio Episcopal”.
BAIXA DOS SAPATEIROS – “O nome verdadeiro desta rua é José Joaquim Seabra, em honra do político baiano que foi governador do Estado, senador, deputado, ministro, governo e oposição, tribuno, professor e jornalista. (...). Pois bem: ainda assim não há quem se refira à Rua José Joaquim Seabra. É a Baixa dos Sapateiros, a Baixinha como o povo a trata com familiaridade”.
CORREDOR DA VITÓRIA – “O Corredor da Vitória, artéria larga e arborizada, parte do Campo Grande e foi moradia de nobres. Ali ressoavam nomes pomposos, títulos monárquicos, vários de seus moradores viviam na saudade dos tempos de Pedro II e dos escravos, das aias negras para catar cafuné e para levar cocorotes”.
CAIS – “As velas dos saveiros cortam a Baía de Todos os Santos, vêm do Mar Grande, de Maragogipe, de Cachoeira e São Félix. No cais Cairu, em frente ao Mercado eles descansam. Ali arriam as velas, ficam balançando tranqüilamente sobre as águas”.
PELOURINHO – “O coração da vida popular baiana situa-se na parte mais velha da cidade, a mais poderosa e fascinante. Refiro-me às praças e ruas que vão do Terreiro de Jesus, contendo suas igrejas – são cinco, cada qual mais suntuosa, e entre elas estão a Catedral, a Igreja de São Francisco, e a Ordem Terceira com sua fachada esculpida – descem pelo Pelourinho, sobem pelo Paço e pelo Carmo, desembocam em Santo Antônio, junto à Cruz do Pascoal, ou nas imediações da cidade-baixa, ao lado do velho Elevador do Tabuão”.
IGREJAS – “A Bahia orgulha-se das suas igrejas católicas, suntuosas, monumentos arquitetônicos realmente admiráveis, algumas muito belas, outras muito ricas, várias marcadas por especial devoção popular. Diz a lenda que a cidade do Salvador conta com 365 igrejas, uma para cada dia do ano. Dizem os amigos dos números exatos que entre igrejas e capelas elas somam 76. Pouco importa”.
LARGO DA SÉ – “A Rua da Misericórdia desemboca no Largo da Sé. No outro extremo do Largo começa o Terreiro de Jesus, com suas igrejas e com a Faculdade de Medicina (no mesmo lugar onde ficava o Colégio dos Jesuítas nos tempos coloniais). No largo da Sé misturam-se sobrados antigos com edifícios novos. Lá se encontram o prédio da Circular, o Cinema Excelsior e o Palácio Episcopal”.
BAIXA DOS SAPATEIROS – “O nome verdadeiro desta rua é José Joaquim Seabra, em honra do político baiano que foi governador do Estado, senador, deputado, ministro, governo e oposição, tribuno, professor e jornalista. (...). Pois bem: ainda assim não há quem se refira à Rua José Joaquim Seabra. É a Baixa dos Sapateiros, a Baixinha como o povo a trata com familiaridade”.
CORREDOR DA VITÓRIA – “O Corredor da Vitória, artéria larga e arborizada, parte do Campo Grande e foi moradia de nobres. Ali ressoavam nomes pomposos, títulos monárquicos, vários de seus moradores viviam na saudade dos tempos de Pedro II e dos escravos, das aias negras para catar cafuné e para levar cocorotes”.
CAIS – “As velas dos saveiros cortam a Baía de Todos os Santos, vêm do Mar Grande, de Maragogipe, de Cachoeira e São Félix. No cais Cairu, em frente ao Mercado eles descansam. Ali arriam as velas, ficam balançando tranqüilamente sobre as águas”.
PELOURINHO – “O coração da vida popular baiana situa-se na parte mais velha da cidade, a mais poderosa e fascinante. Refiro-me às praças e ruas que vão do Terreiro de Jesus, contendo suas igrejas – são cinco, cada qual mais suntuosa, e entre elas estão a Catedral, a Igreja de São Francisco, e a Ordem Terceira com sua fachada esculpida – descem pelo Pelourinho, sobem pelo Paço e pelo Carmo, desembocam em Santo Antônio, junto à Cruz do Pascoal, ou nas imediações da cidade-baixa, ao lado do velho Elevador do Tabuão”.
IGREJAS – “A Bahia orgulha-se das suas igrejas católicas, suntuosas, monumentos arquitetônicos realmente admiráveis, algumas muito belas, outras muito ricas, várias marcadas por especial devoção popular. Diz a lenda que a cidade do Salvador conta com 365 igrejas, uma para cada dia do ano. Dizem os amigos dos números exatos que entre igrejas e capelas elas somam 76. Pouco importa”.
Um pouco mais sobre Jorge Amado
“Eu acho que só um homem realmente maduro pode somar à sua arte uma coisa bastante mais difícil que é o humor.” (Jorge Amado)
Rua Alagoinhas, n°33, Rio Vermelho: última residência de Jorge Amado. Adquirida pelo casal Jorge e Zélia Gattai em outubro de 1961, justamente com o dinheiro dos direitos autorais do livro “Gabriela Cravo e Canela”, vendido à Metro Goldwin Mayer, a Casa do Rio Vermelho – como ficou conhecida a morada do casal de escritores – era freqüentada por figuras singulares, fascinantes e, não raro, surpreendentes.
Pelo portão com motivos de pássaros e frutas criados pelo amigo e artista plástico Carybé já passaram personalidades como Moacir Werneck de Castro, Pablo Neruda, Sônia Braga, Dorival Caymmi, João Ubaldo Ribeiro e muitos outros hóspedes ilustres. Também pelo portão – guardado por um guerreiro africano – já ganharam mundo, saído da mente do escritor baiano, personagens encantadores como Vadinho (de “Dona Flor e seus Dois Maridos”), Pedro Arcanjo (“Tenda dos Milagres”) e Tereza Batista.
Depois da morte do escritor, em agosto de 2001, a família decidiu fechar a casa onde, sob uma frondosa mangueira no jardim, repousam as suas cinzas. A ideia da família é transformar a residência em memorial.
http://www.youtube.com/watch?v=D481JaR3I4U
Rua Alagoinhas, n°33, Rio Vermelho: última residência de Jorge Amado. Adquirida pelo casal Jorge e Zélia Gattai em outubro de 1961, justamente com o dinheiro dos direitos autorais do livro “Gabriela Cravo e Canela”, vendido à Metro Goldwin Mayer, a Casa do Rio Vermelho – como ficou conhecida a morada do casal de escritores – era freqüentada por figuras singulares, fascinantes e, não raro, surpreendentes.
Pelo portão com motivos de pássaros e frutas criados pelo amigo e artista plástico Carybé já passaram personalidades como Moacir Werneck de Castro, Pablo Neruda, Sônia Braga, Dorival Caymmi, João Ubaldo Ribeiro e muitos outros hóspedes ilustres. Também pelo portão – guardado por um guerreiro africano – já ganharam mundo, saído da mente do escritor baiano, personagens encantadores como Vadinho (de “Dona Flor e seus Dois Maridos”), Pedro Arcanjo (“Tenda dos Milagres”) e Tereza Batista.
Depois da morte do escritor, em agosto de 2001, a família decidiu fechar a casa onde, sob uma frondosa mangueira no jardim, repousam as suas cinzas. A ideia da família é transformar a residência em memorial.
http://www.youtube.com/watch?v=D481JaR3I4U
Universo de Pesquisa
• http://www.itaucultural.org.br/
• http://jeitobaiano.wordpress.com/tag/diogenes-reboucas/
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
• www.youtube.com
• googlemaps.com
• http://tapadehumor.blogspot.com.br/2008/04/bahia-literria-de-jorge-amado.html
• http://www.iab-ba.org.br/o-iab/
Diógenes Rebouças
Diógenes de Almeida Rebouças (Vila de Tartarugas, município de Amargosa BA 1914 - Salvador BA 1994). Engenheiro agrônomo, arquiteto, urbanista, pintor e professor.
Como arquiteto, integrou a equipe do Escritório do Plano de Urbanismo da Cidade de Salvador (EPUCS), criação de Mário Leal Ferreira.
Foi professor do curso de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia por mais de três décadas até meados dos anos 1980 e, em 1954, primeiro presidente do Departamento da Bahia do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-BA).
É co-autor, junto com Paulo Antunes Ribeiro, do projeto do Hotel da Bahia, uma das obras da arquitetura moderna baiana mais difundidas internacionalmente e considerada, na época, uma das mais importantes da Bahia e do Brasil.
Participa, do projeto do Centro Educacional Ribeiro, 1947/1959, do desenvolvimento das "escolas-classe e escolas-parque", idealizadas por Hélio Duarte com base no projeto pedagógico elaborado pelo secretário de Educação e Saúde do Estado, Anísio Teixeira
Jorge Amado
Jorge Leal Amado de Faria, nascido em Itabuna, 10 de agosto de 1912,foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.
Nome completo: Jorge Leal Amado de Faria
Nascimento: 10 de agosto de 1912
Itabuna (BA)
Morte: 6 de agosto de 2001 (88 anos)
Salvador (BA)
Cônjuge: Zélia Gattai
Ocupação: Romancista
contista
dramaturgo
cronista
crítico literário
Movimento literário: Modernismo
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.
Nome completo: Jorge Leal Amado de Faria
Nascimento: 10 de agosto de 1912
Itabuna (BA)
Morte: 6 de agosto de 2001 (88 anos)
Salvador (BA)
Cônjuge: Zélia Gattai
Ocupação: Romancista
contista
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